Caso Gilmar: quatro suspeitos de envolvimento no assassinato do lapeano foram presos

Há quatro meses um caso policial chama a atenção na Lapa. Na noite do dia 25 de setembro de 2020 o lapeano Gilmar Avila Lourenço, de 32 anos, foi até uma boate, localizada no Veadeiro, no interior da Lapa, e nunca mais voltou para casa. Desde então a família tenta localizar o jovem e a polícia investiga as evidências que levam a crer que Gilmar foi assassinado naquela noite.
O rapaz nunca mais deu um sinal de vida e o corpo dele também até hoje não foi encontrado.
Desde o desaparecimento a família pede justiça e pressiona as autoridades por um desfecho. O caso também já foi noticiado por vários meios de comunicação. O inquérito policial, que investiga o sumiço do lapeano, ainda não foi concluído, mas já há algum tempo a polícia trata o caso como um homicídio.
Testemunhas que estavam na boate na noite de 25 de setembro relataram à polícia que Gilmar foi espancado por funcionários da casa noturna e arrastado para fora da boate antes de desaparecer. O segurança e os proprietários do local sempre negaram essa versão e alegavam que Gilmar tinha saído em um carro da boate antes de sumir.
Prisões
Nesta semana, no dia 18 de janeiro, a justiça decretou a prisão preventiva de quatro pessoas suspeitas de envolvimento no desaparecimento de Gilmar. Os suspeitos são o segurança que estava na boate na noite do crime e três sócios proprietários da boate. Todos foram presos no último dia 18 na cidade de Imbituva, localizada a 140 km da Lapa. Eles foram trazidos para a delegacia da Lapa e se encontram presos na carceragem do local. Segundo o delegado, Dr. Vinicius Fernandes Maciel, todos negaram o crime, mas vão permanecer presos até o final das investigações. “Todos eram investigados desde o início, os três sócios e o segurança. A suspeita de co-autoria no crime de homicídio e ocultação de cadáver recaí sobre os quatro, três deles nós temos a confirmação que estavam na boate no dia do crime. Durante a investigação achamos amostras de sangue da vítima na região da boate, então é provável que o crime tenha sido realizado sim no espaço da boate, com a ocultação do corpo da vítima em um lugar que a gente ainda desconhece. A motivação do crime seria uma dívida da vítima, ele teria consumido dentro da boate e quis sair sem pagar”, conta o Dr. Vinicius.
O delegado afirma que as investigações sobre o caso vão continuar e pede apoio da população caso alguém tenha alguma pista sobre onde está o corpo de Gilmar. “A gente ainda está procurando o corpo, temos que dar um desfecho para esse inquérito. Peço para a população que se alguém tiver alguma informação que nos passe, pode ser de forma anônima pelo telefone 181 ou pelo 3547-3200”, disse.