Fio com cerol ou linha chilena representam perigo para motociclistas

No dia 12 deste mês o lapeano Diego Maykel voltava para o serviço de moto pela rua Agenor Scandelari, entre os bairros Cohapar e Jardim Montreal, quando de repente foi atingido por uma linha de raia (pipa) com cerol, que cortou parte da sua testa, sendo necessário levar 9 pontos. “Foi ali atrás do Mercado da Nancy, eu estava de moto, passei a lombada e vi um fio na minha frente. Um pouco antes eu tinha visto um piá no meio na rua, mas não prestei atenção no que ele estava fazendo. Alguns metros pra frente desse piá eu passei a lombada, estava lento, vi o fio, tentei me abaixar mas o fio engatou na viseira do capacete, levantou a viseira e pegou na minha testa, fazendo um ferimento onde levei 9 pontos” conta Diego.
O corte foi relativamente profundo, pois bastante sangue saiu da testa do motociclista (como mostra a imagem da esquerda), que precisou deixar o caminho do trabalho e ir procurar atendimento médico. Porém, por sorte, a linha não pegou no seu pescoço onde poderia gerar um acidente ainda mais grave.
O cerol é um revestimento com cola e vidro moído e a linha chilena, que é ainda mais cortante, é uma linha feita industrialmente a partir da adição de pó de quartzo e óxido de alumínio. As duas são usadas para tornar a linha das “raias” cortantes, usadas para o confronto entre as raias. Esses tipos de linhas são usadas em todo o país, no entanto, essa brincadeira pode ser perigosa, pois quando a linha está totalmente esticada, dificilmente tem-se a visão da mesma e ao passar em velocidade (ou não) por ela, a linha pode funcionar como uma guilhotina. Em todo o país vários acidentes, inclusive com vítimas fatais, já aconteceram causadas por linha de cerol ou chilena.
No Paraná, desde julho de 2020, uma lei estadual proibiu o uso de cerol e linhas chilenas. A lei, que está em vigor, proíbe também a posse, a fabricação, a comercialização e o transporte dos materiais.