Sete informações ‘indispensáveis’ sobre as doenças respiratórias

Resfriado, gripe, pneumonia, covid-19. Essas são algumas das doenças causadas por vírus que atacam as vias respiratórias e que, nesta época do ano – outono e inverno –, disputam com maior intensidade o espaço para contaminar as pessoas. O resultado é um aumento no número de queixas e atendimentos na rede pública e privada de Saúde pelas doenças provocadas por esses organismos.
As crianças, imunologicamente mais vulneráveis, são as que mais têm sofrido com quadros mais graves.
Neste momento, é fundamental que a população saiba o que e quais são essas doenças respiratórias, porque são mais frequentes nesta época do ano, quais são medidas de prevenção e o que fazer em caso do surgimento de sintomas. Essas informações permitem aos cidadãos contribuírem para a redução da circulação dos vírus e bactérias causadoras dessas doenças.
Neste sentido, a Secretaria de Saúde de Curitiba divulgou sete informações indispensáveis sobre as doenças respiratórias, que reproduzimos abaixo:
1.Outono e inverno: temporada dos vírus respiratórios
Depois de dois anos de pandemia, a covid-19 não é a única doença respiratória que está em circulação. A incidência desse e outros vírus respiratórios é maior à medida que esfria, em um movimento epidemiológico sazonal comum nas regiões Sul e Sudeste do país entre março e julho.
Nessas estações do ano, vírus como Influenza (gripe), rinovírus (resfriado), VSR (vírus sincicial respiratório, causador de bronquiolite), Sars-Cov2 (covid-19), além de bactérias pneumocócicas (pneumonia) e meningocócicas (meningite), encontram o ambiente ideal – frio, umidade e maior proximidade entre as pessoas em locais com menor circulação do ar – para se proliferarem.
- O que causam as doenças respiratórias
As doenças respiratórias, em geral, são causadas por vírus que entram pelas vias respiratórias, transmitidos pelo ar ou levados pelo contato de mãos e objetos contaminados a nariz, boca e olhos.
Após achar uma porta de entrada, os vírus entram na mucosa e descem rumo aos pulmões, se alojando em diferentes pontos do sistema respiratório (nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões, deixando portas abertas para a entrada de bactérias, que provocam infecções como pneumonia.
Ao notar a presença desses “invasores”, o organismo se defende, resultando em inflamações que se traduzem em sintomas como coriza, nariz trancado, dor para engolir, tosse, febre.
- Crianças estão mais vulneráveis
Como os vírus são organismos oportunistas e se replicam com maior facilidade onde encontram menor dificuldade, pessoas com sistema imunológico mais vulnerável ficam propensas adoecer e ter quadros mais graves das doenças virais. É o caso das crianças pequenas, que ainda estão desenvolvendo seu sistema imunológico, o que acontece justamente por uma exposição gradual a agentes danosos.
O ano de 2022 tem um fator complicador. Como os pequenos passaram os últimos dois anos da pandemia em casa, por causa da necessidade de isolamento social, agora eles estão passando por um ataque massivo de vírus e bactérias respiratórias, especialmente as crianças menores de 2 anos. Sem terem desenvolvido gradativamente a imunidade a esses vírus, elas estão tendo mais de uma infecção simultaneamente, com maior risco de agravamento e necessidade de internamento.
- Vacina em dia é prevenção
Manter o calendário vacinal das crianças em dia é uma das principais medidas de prevenção dessas doenças. As vacinas do calendário nacional são ofertadas em todas as Unidades de Saúde.
As crianças de 6 meses e abaixo de 5 anos fazem parte dos grupos prioritários da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe e Sarampo e devem ser levadas para receber a vacina contra o influenza.
5.O que fazer se sintomas respiratórios aparecerem
Caso apresente sintomas como tosse, coriza, dor de garganta, perda de olfato e paladar, dor de cabeça ou no corpo, febre, a primeira atitude é ficar em casa, se isolar e usar máscara. Isso evita que o vírus seja transmitido para outras pessoas. Em seguida, deve procurar atendimento médico adequado.
- Lembre que a covid-19 ainda está circulando
Apesar de estarmos em um momento de menor circulação do Sars-Cov2 em relação a outros períodos, a pandemia continua e o vírus da covid-19 ainda é o de maior transmissibilidade entre os causadores de doenças respiratórias. Por isso, ao aparecerem sintomas respiratórios, a primeira suspeita deve ser que possa ser o novo coronavírus se manifestando.
Além do isolamento e do uso da máscara, quem apresentar sintomas deve fazer o teste para confirmar ou descartar essa suspeita. A recomendação é que o teste seja feito entre o terceiro e quinto dia após o início dos sintomas, melhor janela para detecção do vírus e de menor risco para um “falso negativo”.
- Reforce os cuidados aprendidos durante a pandemia
Além da vacinação em dia, reforce as medidas de prevenção:
– Fazer a higienização constante das mãos: lavar com água e sabão ou limpá-las com álcool em gel, especialmente antes e depois de tocar olhos, nariz e boca.
– Pessoas que apresentarem sintomas devem usar máscara facial, cobrindo nariz e boca e se isolarem.
– Manter os ambientes bem arejados para circulação do ar. Mesmo nos dias mais frios ou chuvosos, janelas e portas devem ser abertas pelo menos quatro vezes ao dia por um período para a circulação do ar.
– Higienizar com frequência os brinquedos das crianças e não compartilhar objetos pessoais (talheres, toalhas, pratos, copos e garrafinhas).
– Crianças que apresentarem sintomas respiratórios não deve ir à escola até a melhora dos sintomas.